"Não queiras que as coisas que acontecem aconteçam como desejais; mas desejai que as coisas que acontecem sejam como são, e a vida vos fluirá tranquilamente." Epicteto

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Devorador de Pecados

Ah, se eu pudesse mudar o que me aconteceu. Tantas angúsitas, sofrimentos, decepções, que mesmo pouco ainda estão gravados em meu peito. Mas eu construi esse passado: duvidara eu que isso fosse possível. Sempre achei que tal modo de conduzir os meus pés me levariam à desgraça, mas eu, como sempre, duvidava desse sofrimento. Continuei pisando em pedras para saber onde eu iria chegar... e eu pensava o quão mal lugar eu iria parar. E realmente parei. A dúvida se tornou amor (coisa do Teatro Mágico, que é um pouco verdade*), e ódio. Se tornou prazer, e dor (coisas de Queen of Pain). Mas como eu descrevi em um texto pessoal...parece que essa seria realmente a minha história - quem sabe eu não poste um dia ele aqui; quem visse me daria uns pontapés na bunda dizendo: "credo karol!". E se não a fosse, eu não amaria meu pai. Incrível como alguém que já morreu pode viver tanto em mim. Não quero pôr a culpa em ninguém, pois neste caso não existe culpa. Meu pai me guiou a seguir este maldito caminho, que também é maravilhoso: se tudo que passei não tivesse acontecido, eu não seria ninguém. Eu não saberia viver. Pois depois que você meteu a cara no que seu coração pediu - sem auxílio das mãos da razão, apenas da emoção - você acha a maneira certa de viver as coisas. Agora que passei pelo apse da vida, que é signo e consequência da verdadeira reconstrução do ser, eu sei melhor o que é viver. Mas algumas desgraças não te conduzirão inteiramente ao que é "saber viver". Cada vez que você sofre e depois de um tempo você aprende com isso, você renasce cada vez mais, e cada vez seu espírito se aperfeiçoa e cultiva da razão. Se tornamos novos. Se eu pudesse mudar minha história, eu não seria quem eu sou hoje. Segui, atráves de morto, o meu pai. Ele me guiou para este trajeto. E por mais que eu não tenha percebido, ele esteve comigo, me observando. Quando eu sentia-me mal, no sentido de estar-me desviando de meu "destino", eu recuava. Recuava pois eu ouvia e sentia meu pai gritar. Eu sentia suas mãos tocando minha cabeça, me dizendo "não faça isto". Como sei que era realmente ele? Isso é fácil explicar e provar para eu mesma. O difícil é demonstrar para outrem, que não está dentro de mim. Sentia sua aura sobre minha cabeça; sentia o seu cilma; o seu aspecto leonino de ser; a sua maneira de ser pai; o seu modo de querer-me bem. Amei-o sem saber, e agora o amo sem o olhar. Ppis tê-lo comigo, eu o tenho. Ele ainda continua a me guiar, e a me prover de mil pecados. Pois se não me ofereceste de dúvida, dor ee, do propriamente pecado, quem eu seria? Uma criança de 18 anos. Pois eu nada saberia da vida, em função de não sentir apgo às curiosidades... Ser curioso é descobrir-se. Ser curioso é ser pecados. E a função do pecado não é fazê-lo e pensar logo após que é errado fazê-lo; mas sim FAZÊ-LO movido pela DÚVIDA, e após um tempo do ato, refletir sobre o quanto ele foi precioso para sua vida. Pois sem ele, sua história seria completamente diferente... Pois sem ele, você não aprenderia a viver. Esta é sua função. E quanto ao perdão? É uma história muito à parte, que está também relacionada com o pecado... O pecado é necessário mesmo após o arrependimento da pessoa que o cometeu. Minha dor, que o pecado me trouxe, parece ada vez mais artificial. Não sei explicar bem o porquê, apesar que em meus sonhos sua explicação é tão nítida... É como se fosse uma dor apenas comandada pelo costume de senti-la. Cada vez mais a dor se apaga, e volta, enfraquece, e fortalece... porque estamos impregnados neste corpo que age pelo inconsciente e subconsciente. E os meus estão esquecendo essa dor e sofrimento restantes do passado... É um alívio para mim. Pois querer algo às vezes não é o suficiente. Depende do tempo. Se minha dor está se apagando, e eu estou me transformando, o pecado também foi transformado. Algo que é ruim se torna bom. Existe, talvez, um Devorador de Pecados? Serás meu pai, ou um monstro? Será alguém desta terra ou acima dela? Isso eu ainda não sei. Mas sinto que ei de saber, pois tal ser se mostrará em minha frente e me levará para o mais bonito lugar dessas vidas...

Um comentário: