"Não queiras que as coisas que acontecem aconteçam como desejais; mas desejai que as coisas que acontecem sejam como são, e a vida vos fluirá tranquilamente." Epicteto

terça-feira, 29 de maio de 2012

Para além do sempre...

As minhas tristes dores, constantes e inabaláveis. Os meus repugnantes temores, me usurpam, me zelam, me destroem e constroem. As minhas lindas lágrimas, em que tudo parece ser uma tragédia, e que no fim, tudo sempre acaba bem, mesmo quando está tudo fodido. Imagem da imaginação. Ilusão de sentimento, de mente. As minhas lembranças acesas e nunca apagadas, vejo o teu rosto naquele escuro da noite, luzes da lua, temo em nunca mais te ter. Os teus gritos, teus gemidos, tua respiração me acalentando, o ser que és, eu quero-te para depois do sempre, nós celamos isso. A sombra não pode mais me impedir. Ninguém pode nos impedir. Mas falta você, depende de você. Eu te quero aqui, a todo momento, e quando não estás, parece que sim, que tudo existiu, lágrimas não param de descer e de sujar o meu corpo que pede por ti. A vida não acabou. Quero usufruir a vida da maneira que eu desejar, sei que tudo não será satisfatório, mas ao menos vou ter você. Para além do sempre. Não quero ser mais um jogo de luzes e sombras, mas de meu eu e de teu eu, complementares, nunca opostos.

Um ser que ainda se desconhece, pois há pouco tempo nasceu.

Us. (II)

Não houve nada no mundo
Que eu tenha desejado mais
Do que sentir você no fundo do meu coração
e não há nada mais
que eu queira desejar
se não você, o teu mundo
aqui, dentro de mim
por todo tempo
que puder existir
e não existir
  Kristen Bloodyred
 

Us.

Eu já não sei mais o que sentir, tudo parece tão iluminado e resolvido, como se não houvesse nada mais para ser descoberto ou conhecido. Mas eu sei que há. Há um mundo inteiro que me espera, e ele se chama você.


E "eu te amo" sempre foi pouco. Sempre será pouco. Porque é você. Você. Eu te amo demais, demais, demais, meu sonho foi realizado, deitar com você em sua cama, estar no seu quarto, uma colcha amarela, a maior intimidade de todas, agora posso morrer.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um pouco de gastrite mental...


Um silêncio cobre minha alma, as palavras da boca sujam meus pensamentos, a forma do ar ao passar pelos meus ouvidos me acalmam, eu não consigo ouvir os barulhos da vida em sociedade. Tudo que parece, perece para mim. Mais uma ingênua pagã que merece viver nessa névoa de marfim, longe daqueles que sabem falar com a boca. Corte-me com a faca de seu coração e beba meu sangue, para que ele corra nas suas veias. Mate-me, canse-me, me dê o prazer da morte, me dê o prazer da vida, rasgue minha garganta e diga pela última vez que ainda me ama, não preciso mais ouvir os outros. Quero secar e dar vida a seus cabelos, para que fiquem ainda mais grossos, para me enforcarem na frente do espelho, e para que eu possa ver a forma de nosso amor. Ele está além deste vidro e desta imaginação, só preciso fazer com que o mundo pare para poder senti-lo, sem que seja de modo artificial e padronizado por idiotas que se chamam "humanos".

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Eu vivo

Eu vivo, meu vivo, tive que abrir mão de certas coisas, fazer certas decisões difícieis, que acarretariam um suposto sofrimento à frente. Eu aguentei. Eu aguento. Tudo parece bem menos pior quando na prática, e no pensamento parece terrível. Não tive ainda uma experiência que provasse ao contrário. Bem, o pensamento da causa de algo causa medo; é uma espécie de defesa mental (corporal e sentimental), mas me sinto bem.
Me sinto bem. Tive sonhos. Como sempre. Sentidos, expressões, metáforas. Eu ainda tenho medo de seguir em frente - mas enquanto penso nisso, estou seguindo. Eu sou feliz como sou, ou ao menos tento. Eu sei que sou. Mas meu erro é sempre querer ir além. Se há algo que eu posso ir além, se há algo pelo qual eu posso me sentir melhor - como ato e potência -, eu acabo me sentindo desvalorizada e incapacitada, e ainda, infeliz, só porque há algo que traga mais felicidade e está logo a frente. Oras, é apenas eu andar. A experiência traz o conhecimento, traz a felicidade em seus vários níveis... Cada nível aumenta a felicidade... Não tenho que me sentir menosprezada por meu próprio eu ou poder só porque estou num tal nível, e não num outro avançado...
Cada coisa tem seu tempo, eu aprendi. Meu coração bate forte, impaciente. Eu sei que vai chegar, eu sei que vai chegar. Vou atingir os próximos níveis, só preciso ter calma, só preciso ter calma e curtir o nível em que estou. 
Meus filmes prediletos, minhas manias infantis, meu modo devagar de falar, meu jeito intrínseco de ser, não me abrir e esperar. Paciência e impaciência. A impaciência também tem seus direitos!! Só quero o meu bem, e o teu bem. Sim, fico impaciente na maioria das vezes. Sim, às vezes eu não quero coisas que sempre penso ou sempre estou a querer. Sim, eu sinto sono quando estou perto de alguém que eu gosto. Sim, eu tenho vergonha de tocar perto de pessoas que eu gosto. "Falta o tempo pra cumprir", eu disse. E falta mesmo. Está perto, eu sei, está perto, meu amor. 
O progresso é uma cobra, tenho que ter cuidado com ele. Mas no fim, será maravilhoso.

Kristen Bloodyred.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ed.

Por que você não responde às minhas perguntas? Por que não responde aos meus pensamentos? Eu sei que você ainda está aí, a navegar pelos postes nas madrugadas escuras, nas névoas impuras, no mais sombrio esvanecer. Eu só queria ouvir "Eu estou aqui", a tua voz paciente, calma e baixa me tranquiliza, eu só precisava disso, Ed.
"Eu ainda penso em você, eu ainda te amo, mas o que será de nós? Seres separados, os postes nos chamam, "eu preciso de você" ainda é o suficiente, ou só foi uma pequena loucura da janela? Me sombria, me zela, me contém, que há de fazer e chegar a eternidade." K. Bloodyred.

Eu e meus pseudônimos.

Mas quem sou eu? Invento pseudônimos para me esconder ou para me expressar?

Adquirir certeza?

"Adquirir uma certeza para depois realizar uma ação, ou realizar a ação para adquirir uma certeza?" (Kristen Bloodyred).

J.Head (II)

As tuas tristes dores! Os meus repugnantes temores! As tuas lindas lágrimas! As minhas lembranças semi-apagadas! Tudo faz parte de um refluxo da mente, um ócio da haste da flor, e tudo vai-se-indo, até que um dia percebo que perdi tudo aquilo que não usufrui da maneira que realmente queria, mas apenas fiz-me como um jogo de luzes e sombras.

Kristen Bloodyred.

I'm normal. I dont wanna be normal.

Como pode eu ter saudade daquilo que nem se quer passou? Ou daquilo que nem se quer existiu? Só quero que continue... só quero que fique ao normal. Eu não quero estar normal.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A tua voz paciente

Por que você não responde às minhas perguntas? Por que não responde aos meus pensamentos? Eu sei que você ainda está aí, a navegar pelos postes nas madrugadas escuras, nas névoas impuras, no mais sombrio esvanecer. Eu só queria ouvir "Eu estou aqui", a tua voz paciente, calma e baixa me tranquiliza, eu só precisava disso, Ed.
Eu ainda penso em você, eu ainda te amo, mas o que será de nós? Seres separados, os postes nos chamam, "eu preciso de você" ainda é o suficiente, ou só foi uma pequena loucura da janela? Me sombria, me zela, me contém, que há de fazer e chegar a eternidade.

Kristen Bloodyread.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Culpada e inocente (I)

E ah, se eu fizesse, eu quebraria todos os tabus, todos os complexos da vida, toda essa minha angústia e desprazer, esse tal destino ao qual eu mesma - a culpada, e inocente, ao mesmo tempo - preguei.

 

[Feeling]

Aonde está esse [feeling] que você tanto fala?
Diz que está em mim, mas aonde, aonde?
Eu não sinto nada,
ou melhor,
eu não quero sentir nada.
Eu não quero me expor
eu não quero supor
quem talvez eu seria
ou quem eu sou
Como vou descobrir o que sou e quem sou
se não deixo o [feeling] ser [feeling]?
deixar o sentir para ser sentido,
para ser experimentado,
vivido,
usufruído,
tocado,
temido.

Noite na taverna (I)

Mas que a razão machuca, isso é um fato, só não sei se é um fato ela estar ausente quando a emoção se faz presente, é isso mesmo senhor Jonhannes? Não, você esteve errado meu caro, o amor é uma reflexão da razão, difícil momento viver ambas as coisas quando estamos destinados até a morte neste corpo infectado de raízes de má vontade, de obssessão e volúpia; só quando a morte chegar, meu caro, que terei plena consciência e sentimento deste meu amor por outrem!