"Não queiras que as coisas que acontecem aconteçam como desejais; mas desejai que as coisas que acontecem sejam como são, e a vida vos fluirá tranquilamente." Epicteto

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A decadência.

Eu já desconfiava que era impossível te esquecer. Ainda bem que nunca tentei. Mas sempre rodeei o mundo em minha volta, sabendo que você não estaria nele. Sim, para não sermos perfeitos. Eu precisava de agir, pensava. Mas não,agi completamente errado, como a moça de um sapato rosa goiaba...

Eu já desconfiava que seus pensamentos rodeavam outras costas, outras nucas, outros shorts. Ainda bem que em mim permaneceu o roxo. O preto, embora, desmoronou-se, e passou a caminhar por outros odores. Penso no quão frio és, matutando se isso é bom ou ruim. Penso no meu lado negro também, que não compartilhei com ninguém. Apenas com os monstros e fantasmas perdidos entre as noites no meu quarto. Queridas noites em que eu encontrava o vazio dentro de mim e o dos postes...

Permeia entre outras flores e cantos. Entre outras musas e léthes. Entre aletheias e ZEljUNG. Mas sei que o ponto inicial e final sempre será eu. Sempre será meu, e eu, o nada, em busca de Enkelt, em busca de fyldige. A perfeita decadência... está em nós. Eu já não procuro mais andar por esses caminhos, caminhos em que a tua luz não está, nem os teus conselhos e seus cabelos pretos, macios feito água molhada e fria no corpo.

Se quer saber, não amo-te humanamente, mas espiritualmente, pois minha pureza por ti não cabe nesse mundo esbelto e cheio de paixões, mas no interior e transcendente, sem ilusões...

O progresso está...dentro de nós mesmos.

Temos esse tempo pra perder.

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