"Não queiras que as coisas que acontecem aconteçam como desejais; mas desejai que as coisas que acontecem sejam como são, e a vida vos fluirá tranquilamente." Epicteto

domingo, 17 de abril de 2011

Esqueleto das ruínas... atemporal.

Parece que nos encontramos, ao entrarmos no fundo do nosso pensamento, em uma realidade fora de nós e do mundo. Estamos em lugar algum.


Quero-te por perto, com teus cachos a obscurecer a neblina, olhar-te nos teus olhos negros, mas mesmo assim, nunca irias entender. Nunca irá entender o que sinto por você, e que seu eu está jogado na eternidade, conjugado em todos os tempos do meu mundo. Oh mundo, atraia-o para mim em todos os tempos, também! Pareces invisível e cinza, tão distante de mim, não te quero assim, esqueleto das ruínas. Paira sobre mim! Idiotice minha tê-lo deixado à mercê do tempo e das coisas! Pertences para mim, num quarto vazio e colchas brancas, onde ninguém mais pode ver nossos corpos! Mas besteira minha tê-lo deixado ir rumo à temporalidade! Rumo ao tempo escasso, contínuo e absurdo! Você é de fazer o tempo parar, tu fazes o tempo parar, tudo para de rodar só pra o mundo prestar atenção em ti! Quero-te para sempre, e nunca ei mais de deixá-lo ir embora de mim! Aonde é que paro quando penso em ti? Que lugar estou? Como é que fico? Parece que vago em uma estrada que nunca tem fim... em que tudo é neblina, tudo não tem relógio, não tem contas, não tem problemas... Fico no infinito, até que uma hora eu volto para a realidade, e os problemas vem me buscar... Volto à realidade, e vejo que sobre eu e você, nem tudo está bem. Mas a luz de nós há de brilhar, no mesmo sol e na mesma estrada... E eu ei de ser paciente.


Ladyfuria.

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